Esta é a segunda campanha presidencial de Hillary Clinton, que tinha se pré-candidatado em 2008, perdendo as prévias do Partido Democrata para Barack Obama. Não obstante isso, ela exerceu funções diplomáticas no governo dele.
O anúncio sobre a candidatura foi feito no Twitter de Clinton em inglês e em espanhol. Os migrantes da América Latina são alvo da campanha da ex-primeira dama também.
Estoy postulándome para presidente. Todos los estadounidenses necesitan un defensor. Yo quiero ser ese defensor. –H http://t.co/MnnmLkYqLd
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) 12 апреля 2015
I'm running for president. Everyday Americans need a champion, and I want to be that champion. –H https://t.co/w8Hoe1pbtC
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) 12 апреля 2015
O seu vídeo de campanha dura cerca de dois minutos e meio. A primeira metade mostra mães solteiras, famílias felizes, uma família homossexual, migrantes latino-americanos abrindo negócio, quer dizer, grupos socialmente vulneráveis que muitas vezes têm que se esforçar para sobreviver. Hillary Clinton aparece depois dizendo: "Eu também pretendo fazer algo. Vou me candidatar à presidência [dos EUA]".
Segundo a própria Hillary, ela quer ser a "defensora dos americanos comuns". Contudo, a segunda campanha dela já foi avaliada por especialistas como a mais cara da história. Além disso, o jornal The Washington Times lembra as relações muito positivas da ex-secretária de Estado com Wall Street e os bancos lá sediados. Citigroup, Goldman Sachs e JP Morgan Chase têm ajudado Clinton bastante — financeiramente — na sua carreira política.
Esta fonte destaca também que a Fundação Clinton, onde trabalhou a ex-primeira dama, recebeu verbas do estrangeiro. Agora, a candidata está tentando distanciar-se dessa instituição para se sentir mais à vontade após as primárias.
Escândalo
Outro assunto importante que pode minar as posições de Hillary durante a corrida presidencial é o escândalo com os emails. Muitas das mensagens eletrônicas que a agora candidata enviou e recebeu através de um servidor situado em sua casa. Isso pode constituir uma violação das regras internas do Departamento de Estado, já que servidores externos não devem ser usados para correspondência ligada ao trabalho.
Uma investigação oficial irá estabelecer se houve algum vazamento de informações secretas. Se tal fato for provado, a carreira de Clinton pode ser evidentemente dificultada.
O principal adversário político de Hillary, Rand Paul, senador do partido Republicano, criticou Hillary Clinton por não ter atendido à "chamada telefônica das 3h da madrugada" na Líbia.
Durante a sua tentativa presidencial anterior, em 2008, Hillary duvidou publicamente se o então senador Barack Obama iria atender "uma chamada telefônica urgente da Casa Branca às 3h da madrugada".
De acordo com Rand Paul, tal chamada para Hillary foi o massacre de 2012 na embaixada estadunidense em Benghazi, onde o embaixador e membros da sua equipe foram mortos. E ela "não conseguiu a atender".
Já outro concorrente dela, Jeb Bush, disse que os Estados Unidos "devem superar a política externa do governo Obama-Clinton, que prejudicou as relações com os nossos aliados e empoderou os nossos inimigos".
E o senador do estado de Texas, Ted Cruz, disse recentemente o seguinte: "O mundo é um lugar mais seguro porque Hillary Clinton tem sido secretária de Estado? A resposta é evidente. Não".
Seja como for, Hillary Clinton primeiro enfrenta as eleições primárias dentro do seu partido. Analistas locais afirmam que ela vencerá esta etapa com certeza. Já depois, terá que lidar com todos os problemas domésticos e internacionais que terão que surgir em debates.