Após Snowden começar a vazar informações ultra-secretas dois anos atrás, a NSA iniciou um programa do tipo cloud (nuvem) de armazenamento único em seu sistema. Apesar do armazenamento em um só lugar parecer contra-intuitivo, a agência acredita que com isso irá controlar que analistas poderão ter acesso às informações.
De acordo com o chefe de informação da NSA, Lonny Anderson, a informação na nuvem não aparece para os analistas caso estes não sejam autorizados, treinados ou liberados para vê-la.
"Enquanto colocar a informação em um ambiente do tipo nuvem potencialmente dá aos internos a oportunidade de roubar mais", conta Anderson ao Nextgov, "ao focar em assegurar a informação a um nível celular e marcar toda a informação e o indivíduo, nós podemos realmente ver que informação e quem a está acessando, e o que faz com ela, e nós podemos ver isso em tempo real. Então acreditamos que isto na realidade aumenta nossa capacidade."
O estrategista de nuvem da NSA, Dave Hurry acrescenta: "Nós não deixamos as pessoas verem tudo; elas apenas vêem a informação que estão autorizadas a ver."
O GovClous automatiza estes processos de monitoramento e alerta o pessoal da rede de segurança sempre que um usuário tentar "exceder os limites de autoridade", disse Anderson, acrescentando que o sistema, se estivesse operacional a dois anos atrás, teria impedido Snowden.
"O sistema [GovClous] poderia impedir isso", afirmou Anderson. "Mas o que ele teria imediatamente feito seria alertar a nossa rede de segurança que alguém estava puxando uma grande quantidade de informação."
Ainda, a NSA alega que seu GovCloud também estará em conformidade com as leis que regem a preservação de informação ou retenção — apesar de apenas a agência ser que de fato sabe se está cumprindo a estas leis ou não.
Aqueles velhos servidores — alguns dos quais contêm décadas de informação — serão destruídos e suas informações deletadas, disse Anderson.