Em uma mensagem enviada ao Congresso, o presidente afirmou que o governo cubano "não forneceu nenhum apoio ao terrorismo internacional" nos últimos seis meses.
"Continuaremos a ter diferenças com o governo cubano, mas nossas preocupações quanto a um grande número de políticas e ações de Cuba não incluem assuntos relevantes à decisão de excluir Cuba como Estado patrocinador do terrorismo", afirmou a Casa Branca em uma declaração.
Cuba foi incluída na lista em 1982, quando os Estados Unidos acusaram o governo de Fidel Castro de promover uma "revolução armada iniciada por organizações que usaram o terrorismo" na América Latina.
Um pronunciamento do Presidente Obama é aguardado para os próximos dias, já que ele e o presidente cubano, Raúl Castro, discutiram o tema durante a Sétima Cúpula das Américas, no Panamá.
Apesar do endosso do presidente, sua decisão dá início a um processo de 45 dias em que o Congresso revisará e poderá, inclusive, bloquear a remoção de Cuba da lista. Vários parlamentares republicanos já manifestaram sua frustração com a normalização das relações entre os EUA e Cuba e provavelmente não estarão felizes com a notícia desta terça-feira.
A representante da Flórida, Ileana Ros-Lehtinen, divulgou uma declaração na qual considera que a remoção de Cuba da lista é uma injustiça promovida por motivações políticas e não enraizada na realidade." Ela ressalta ainda que a administração de Obama estava "tão desesperada para abrir uma embaixada em Havana a qualquer custo que está disposta a ceder às exigências de Castro."
Oficiais do Departamento de Estado declararam ao jornal "The New York Times" que sua revisão tinha sido minuciosa para assegurar que resistiria a um questionamento do Congresso. A remoção de Cuba da lista era considerada um passo crucial para a normalização das relações entre Washington e Havana.
No domingo, o secretário de Estado americano, John Kerry, classificou sua conversa com o ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, como "muito boa."
"O presidente corajosamente decidiu mudar uma política que não funciona e nos levar por um caminho diferente", disse Kerry em entrevista ao canal de TV americano ABC. "Começará lentamente. O primeiro passo são as relações diplomáticas. Então caminharemos a um processo de normalização."
Com a exclusão de Cuba, os países restantes na lista dos EUA são Irã, Sudão e Síria.