Assim, segundo ele, na semana passada, as autoridades da Alemanha declararam a intenção de adquirir outros 100 tanques Leopard. O governo daquele país afirma que essas 100 novas máquinas, que podem custar quase meio bilhão de dólares, são necessárias para responder à nova política “demasiado confiante” da Rússia na região. “E não importa que a Rússia não tenha invadido nem tampouco ameaçado qualquer país da região, ou muito menos um membro da OTAN” — escreve Ron Paul.
“A empreiteira de defesa militar responsável é a norte-americana Raytheon, que também é a principal patrocinadora de centros analíticos como o Instituto de Estudos da Guerra, responsáveis, por sua vez, pela criação da propaganda de guerra. Tenho a certeza de que esses grandes contratos trazem excelentes retornos para esses investimentos” — escreve o político.
Ron Paul destaca que a OTAN também dá continuidade às suas custosas atualizações. A aliança está construindo desde 2010 uma nova sede em Bruxelas, e o preço final desse prédio, cuja aparência, segundo Ron Paul, remete à uma garra horrorosa, será de pouco mais de um bilhão de dólares.
Ele destaca que os atuais inimigos dos EUA e da Europa não são os russos, mas sim os contribuintes.
“Nós somos vítimas dessa escalada inconsolável de gastos militares. (…) As elites temem a chegada da paz, já que esta seria negativa para seus lucros. É por isso que eles tentam minar o acordo com Irã, voltam atrás nas relações com Cuba e promovem a ideia de uma “ameaça vermelha” vinda de Moscou. Não devemos deixarmos nos enganar, acreditando nessa mentira” — conclui Ron Paul.