Congresso diz que EUA estão perdendo guerra midiática para a Rússia

© Sputnik / Yevgeniy Biyatov / Acessar o banco de imagensredação da RT
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Frustrado com a crescente popularidade de veículos de imprensa como TR e Sputnik, o Congresso dos Estados Unidos promoveu mais uma de uma longa lista audiências para descobrir por que mais e mais americanos - e cidadãos ao redor do mundo - buscam fontes de notícia alternativas e abandonam a grande imprensa.

A mais recente audiência sobre o tema foi chamada oficialmente de "Confrontando o uso da informação como arma pela Rússia". Ao ouvir os testemunhos na sessão, alguém poderia ficar com a impressão de que o assunto eram ações de combate ou jogos de guerra em vez da programação de rádio e TV.

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"Durante a invasão da Crimeia pela Rússia no ano passado, a maioria dos jornalistas do mundo parecia confusa", afirmou Peter Pomerantsev, integrante sênior do Instituto Legatum, no início de seu discurso diante do Comitê da Casa para Relações Exteriores. "A Rússia lançou uma guerra de informação contra o Ocidente — e estamos perdendo."

Pomerantsev deixou de mencionar que uma maioria absoluta da população da Crimeia votou em um referendo a favor da reunião com a Rússia — país do qual a Crimeia foi península por centenas de anos. Este tipo de parcialidade foi constatada durante toda a audiência, e até um dos integrantes sêniores do Comitê, o republicano Dana Rohrabacher, mostrou-se disposto a ouvir opiniões diferentes para "equilibrar esta sessão de modo que poderia comparar nosso sistema (de notícias) ao sistema russo e descobrir qual é a verdade."

A audiência, que ironicamente tinha como objetivo criticar a parcialidade da imprensa, não apresentou pontos de vista diferentes entre os participantes. Outro "especialista" convidado a desvendar as razões por trás da popularidade de veículos de imprensa alternativos foi a ex-funcionária da RT Liz Wahl, que ganhou notoriedade após pedir demissão ao vivo, após meses de preparação. A medida foi denunciada por organizações de mídia como "nada além de uma jogada de autopromoção." Segundo Wahl, a RT não é uma rede tradicional, mas sim um "culto" promovendo teorias de conspiração que fazem lavagem cerebral em seu púbico predominantemente jovem.

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"Estamos lidando com uma organização que não segue as regras", disse Wahl.

O testemunho de Wahl levanta a questão de por que, então, a RT e outros veículos estão se tornando tão populares. Os Estados Unidos gastam mais do que a Rússia em transmissões para fora do país. A Voz da América e a Rádio Free Europe/Rádio Liberty fazem transmissões há décadas. Ainda assim, de acordo com o testemunho de Helle Dale, integrante da Fundação Heritage, a imprensa financiada pelo governo americano não exerce influência alguma sobre o público russo: a Voz da América ocupa o 3,828º lugar na Rússia, enquanto a RT é a número 61.

"A presença e a reputação da Radio Free Europe, deve ser dito, sofreram golpes duros em 2010", admitiu Dale, devido à má administração e à perda e jornalistas qualificados. Ela também ressaltou que a RT está "florescendo", apesar de sua "audiência não sofisticada."

"Audiência não sofisticada" que é atraída por tópicos e opiniões que ela não consegue encontrar nos canais da grande imprensa, todos na audiência admitiram. Contudo, em vez de sugerirem mudanças na maneira de tratar as notícias, os integrantes culparam a máquina propagandista da Rússia por se tornar cada vez mais popular.

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