“Dizem que um fiel pode rezar diante de um telefone. Ainda que esteja ali representada a Santíssima Trindade, como isso é possível?”, questionou Vsevolod Chaplin, chefe do departamento de relações sociais e membro da linha mais conservadora da Igreja. Segundo ele, representar ícones religiosos em smartphones ou outros objetos cotidianos “contradiz a autêntica tradição da Igreja”.
Para Chaplin, os ícones devem ser instalados apenas nos templos ou dentro de casa, e não em máquinas registradoras das lojas ou em sacolas plásticas que depois acabam indo para o lixo.
As críticas do religioso têm como principal alvo um novo telefone celular, produzido por uma companhia italiana, banhado em ouro e com imagens da “Trindade”, do pintor medieval russo Andrei Rublev. O aparelho, intitulado Caviar Credo Trinità e com memória de até 128 GB, é comercializado pela internet por cerca de 3 mil dólares.