Um famoso jornalista, conhecido por suas opiniões críticas do governo de Pyotr Poroshenko, foi assassinado a tiros em Kiev nesta quinta-feira, no mais recente episódio de uma série de mortes suspeitas de apoiadores da oposição.
De acordo com os vizinhos, o jornalista foi provavelmente morto enquanto fazia uma corrida pela rua. Ele foi encontrado vestindo trajes esportivos. Ele foi assassinado por dois homens vestindo máscaras e que desapareceram da cena do crime em um veículo do tipo Ford Focus com placa de número da Letônia ou da Bielorrussia.
Buzina era colunista e editor do jornal diário Segodnya, financiado por Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia e principal patrocinador do Partido de Regiões de Yanukovych. Buzina era um jornalista de oposição, escritor e apresentador bem conhecido por suas críticas ao governo de Poroshenko.
Ele escreveu centenas de artigos sobre temas sócio-políticos, sociais, legais e econômicos. Seus trabalhos foram publicados por muitos veículos, mas especialmente no “Ukrainian Truth (“Verdade Ucraniana”, em inglês). Durante alguns meses de 2014, Sukhobok trabalhou em Donetsk.
Após os assassinatos brutais, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Maria Zakharova afirmou que, infelizmente, era o início de uma purga política na Ucrânia.
Na noite anterior, na quarta-feira, Oleh Kalashnikov, ex-integrante do parlamento ucraniano e crítico feroz do governo atual, foi assassinado em Kiev. Ele foi morto a tiros em sua residência.
“O Ocidente deveria prestar atenção aos assassinatos políticos na Ucrânia em vez da retórica de sanções contra a Rússia”, afirmou Konstantin Kosachev, chefe da Agência Federal para a Comunidade dos Estados Independentes.
O ex-primeiro ministro ucraniano Mukyla Azarov culpou as autoridades de Kiev pela morte de Kalashnikov. “Notícias terríveis chegaram ontem à noite. O regime de Kiev cometeu mais um crime vergonhoso. Assassinou o conhecido político Oleh Kalashnikov”, escreveu em sua página no Facebook, observando que a vítima era “um verdadeiro patriota da Ucrânia”, “um homem honesto e decente.”
O ex-primeiro ministro apelou aos líderes de países do Ocidente, afirmando que “por causa de seu apoio há assassinatos políticos na Ucrânia, e há terror contra oponentes políticos e todo tipo de gente. O que mais precisam fazer esses nazistas para que vocês finalmente entendam e tomem consciência de sua responsabilidade pelo que está acontecendo na Ucrânia?”, disse Azarov.