Três conhecidos críticos de Poroshenko são assassinados em três dias em Kiev

© Sputnik / Aleksei VovkJornalista pró-russo Oles Buzina é assassinado na Ucrânia
Jornalista pró-russo Oles Buzina é assassinado na Ucrânia - Sputnik Brasil
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Com a situação política desestabilizada na Ucrânia, assassinatos suspeitos de famosos opositores continuam a acontecer.

Um famoso jornalista, conhecido por suas opiniões críticas do governo de Pyotr Poroshenko, foi assassinado a tiros em Kiev nesta quinta-feira, no mais recente episódio de uma série de mortes suspeitas de apoiadores da oposição.

Jornalista Oles Buzina - Sputnik Brasil
Moscou: Ocidente deve prestar atenção aos assassinatos políticos na Ucrânia
Oles Buzina, de 45 anos, apoiador do ex-presidente Viktor Yanukovych, foi morto na rua. Seu corpo foi encontrado no chão perto do edifício onde morava, nas cercanias do centro da cidade. O chefe do departamento de polícia de Kiev, Alexander Tereschuk, afirmou que uma pistola TT foi a suposta arma do crime.

De acordo com os vizinhos, o jornalista foi provavelmente morto enquanto fazia uma corrida pela rua. Ele foi encontrado vestindo trajes esportivos. Ele foi assassinado por dois homens vestindo máscaras e que desapareceram da cena do crime em um veículo do tipo Ford Focus com placa de número da Letônia ou da Bielorrussia. 

Buzina era colunista e editor do jornal diário Segodnya, financiado por Rinat Akhmetov, o homem mais rico da Ucrânia e principal patrocinador do Partido de Regiões de Yanukovych. Buzina era um jornalista de oposição, escritor e apresentador bem conhecido por suas críticas ao governo de Poroshenko.

Praça Maidan em Kiev - Sputnik Brasil
Jornalista pró-russo é assassinado na Ucrânia
Antes, em Kiev, os assassinos do jornalista de Donetsk Sergei Sukhobok foram presos, também na quinta-feira. Sukhobok, um dos fundadores dos veículos online Obkom e ProUA, também era conhecido por sua oposição ao atual regime ucraniano e foi morto no dia 13 de abril.

Ele escreveu centenas de artigos sobre temas sócio-políticos, sociais, legais e econômicos. Seus trabalhos foram publicados por muitos veículos, mas especialmente no “Ukrainian Truth (“Verdade Ucraniana”, em inglês). Durante alguns meses de 2014, Sukhobok trabalhou em Donetsk. 

Após os assassinatos brutais, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Maria Zakharova afirmou que, infelizmente, era o início de uma purga política na Ucrânia. 

Na noite anterior, na quarta-feira, Oleh Kalashnikov, ex-integrante do parlamento ucraniano e crítico feroz do governo atual, foi assassinado em Kiev. Ele foi morto a tiros em sua residência.

“O Ocidente deveria prestar atenção aos assassinatos políticos na Ucrânia em vez da retórica de sanções contra a Rússia”, afirmou Konstantin Kosachev, chefe da Agência Federal para a Comunidade dos Estados Independentes.

O ex-primeiro ministro ucraniano Mukyla Azarov culpou as autoridades de Kiev pela morte de Kalashnikov. “Notícias terríveis chegaram ontem à noite. O regime de Kiev cometeu mais um crime vergonhoso. Assassinou o conhecido político Oleh Kalashnikov”, escreveu em sua página no Facebook, observando que a vítima era “um verdadeiro patriota da Ucrânia”, “um homem honesto e decente.”

O ex-primeiro ministro apelou  aos líderes de países do Ocidente, afirmando que “por causa de seu apoio há assassinatos políticos na Ucrânia, e há terror contra oponentes políticos e todo tipo de gente. O que mais precisam fazer esses nazistas para que vocês finalmente entendam e tomem consciência de sua responsabilidade pelo que está acontecendo na Ucrânia?”, disse Azarov.

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