Em seus esforços na propaganda anti-Rússia, o Departamento de Estado americano pode ter pressionado a Sony — e algumas de suas maiores estrelas — a cooperar.
As últimas publicações do WikiLeaks incluem milhares de documentos que revelam ligações entre a Casa Branca e a Sony Pictures. Os jornalistas levarão tempo para analisar toda a papelada, mas detalhes preocupantes já vêm à tona.
"Como todos podem ver, temos muitos desafios em responder às narrativas do Estado Islâmico no Oriente Médio e as narrativas russas no centro e no leste da Europa", diz um email enviado a Lynton pelo sub-secretário para diplomacia e relações públicas do Departamento de Estado, Richard Stengel. "Dando sequência à nossa conversa, gostaria de reunir um grupo de executivos de mídia que possam nos ajudar a pensar em maneiras melhores de dar respostas a esses dois desafios."
"Esta é uma conversa sobre ideias, conteúdo e produção, sobre possibilidades comerciais", diz também Stengel. “Prometo que será interessante, divertido e recompensador.”
"Já começamos a pensar em maneiras que podem ser usada por seus superastros para potencialmente ajudarem a amplificar o grande trabalho da Embaixada dos Estados Unidos em Paris", escreveu um funcionário em nome do embaixador americano na França. "Adoraríamos incluir nomes da Sony nos eventos daqui, seja como convidados ou atrações, e adoraríamos ter a oportunidade de usar sua popularidade para promover as prioridades do Presidente e sua agenda fora dos Estados Unidos."
As celebridades sugeridas por Lynton incluíam George Clooney, Kerry Washington, Julia Louis-Dreyfus, assim como grandes cineastas como David Fincher e Steven Spielberg. "Também incluiríamos Natalie Portman, que acabou de fazer um filme em Israel e está muito envolvida lá", dizia um email.
"Putin é pouco mais do que um valentão de colégio, então se ele se negar a recuar, devemos ter a Europa como parte de uma solução agressiva", escreveu Schumer para Amy Pascal, executiva sênior da Sony. "Sanções já o machucaram, e as ameaças de expulsar a Rússia da Organização Mundial do Comércio e proibi-la de receber a próxima Copa do Mundo nos deixam em uma posição muito boa."