De acordo com o analista, a falta de ação política para a implementação dos acordos de Minsk é benéfica para os Estados Unidos por várias razões. Em primeiro lugar, as relações entre a Alemanha e a Rússia permanecerão em suspenso, sem quaisquer perspectivas concretas. Em segundo lugar, o papel de Washington na OTAN será reforçado. Além disso, a sabotagem dos acordos fornece um álibi para a instalação provocante de tropas americanas na proximidade imediata das fronteiras russas, algo sem precedentes até agora.
De ponto de vista político, escreve Bhadrakumar, Washington vai continuar a apoiar os seus “amigos” ucranianos em Kiev, cujos esforços visam destruir as relações entre Kiev e Moscou. Como "presidente de paz" Pyotr Poroshenko tinha que fazer todo o possível para implementar os acordos de Minsk-2, mas na prática não há progresso concreto.
"É óbvio que o governo do presidente dos EUA Barack Obama não vai se preocupar com explicações sobre racionalidade do envio para o território da Ucrânia das primeiras divisões americanas", conclui o analista.
Os EUA planejam enviar para a Ucrânia no período de março-outubro de 2015 pelo menos 300 militares para cooperar com o exército ucraniano. Além disso, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou em finais de março uma resolução com recomendações ao presidente dos EUA de sancionar o envio de armamentos para a Ucrânia.
O governo canadense também decidiu em abril enviar militares à Ucrânia nos próximos meses. De acordo com os relatos da mídia local, as tropas deverão participar de missões de treinamento e não serão envolvidas em combates.