A ação ocorreu nas ruas onde ficam as embaixadas dos Estados Unidos e do Canadá, relata o correspondente da agência russa RIA Novosti.
Tens of thousands turn out to #StopTTIP #berlin #A18DoA @Ruptly pic.twitter.com/o9AZ8OePW4
— Rachael Newport (@Rachael_Newport) 18 апреля 2015
Os manifestantes empunham cartazes com inscrições "Fora OTAN econômica", "Parem TTIP-CETA", "Contra TTIP — pela democracia e direitos civis". Eles transmitem o pedido à Delegação da UE na Alemanha de mão em mão, onde colocam suas assinaturas. O comunicado indica que é necessário encontrar uma alternativa ao acordo TTIP e CETA.
Os protestos se realizam em 200 cidades e comunidades da Alemanha. Os alemães não estão satisfeitos com o fato de muitas normas nas áreas social, jurídica e ambiental, que estão sendo incluídas no documento para facilitar o acesso de empresas e produtos norte-americanos aos mercados europeus, passarem a ser menos rigorosas e exigentes, especialmente na área dos produtos alimentares.
NOW: Anti-#TTIP protesters rally in #Berlin. Images to follow. pic.twitter.com/Rh1J27XNta
— Ruptly Newsroom (@RuptlyNewsroom) 23 февраля 2015
Desde julho de 2013, estão sendo feitas conversações fechadas com outros países sobre o acordo de parceria transatlântica no comércio e investimento TTIP (Transatlantic Trade e Investment Partnership). O projeto está totalmente desenvolvido, mas ainda não está assinado. Após 2015, o documento deve ser aprovado pelo Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais dos países-participantes.
Trata-se da maior zona do comércio livre do mundo, com um mercado de consumo de cerca de 820 milhões de pessoas. Além dos Estados Unidos e da União Europeia, o projeto incluirá o Canadá, México, Suíça, Liechtenstein, Noruega, Islândia e vários países candidatos à adesão à UE.
O acordo sobre zona de comércio livre CETA (Comprehensive Economic and Trade Agreement) entre a UE e o Canadá deve ser o ponto de partida para a aprovação do TTIP.
No ifs or buts I'm a #StopTTIP candidate #VoteGreen2015 share if you want to say no to #TTIP https://t.co/t6k8Hvw7y6 pic.twitter.com/hiSNbwmuc9
— Derek Wall (@Anothergreen) 18 апреля 2015
São vários os setores para os quais o acordo terá consequências negativas.
Vários especialistas notam, que na proteção ambiental, poderá diminuir os padrões europeus, permitir a exploração de gás de xisto (fracking), a venda de produtos com químicos não testados e a desregulação dos níveis de emissões no setor da aviação.
No que toca à segurança alimentar (uma das áreas mais contestadas) dará luz verde à autorização de produtos e organismos geneticamente modificados, à utilização de hormonas de crescimento na carne e à desinfeção da carne produzida com banhos de cloro.
No tocante ao emprego, não se sabe se as promessas de criação de milhares de novos postos de trabalho se irão concretizar. Suspeita-se, pelo contrário, que o acordo conduzirá a um maior desemprego nos setores mais débeis, bem como à diminuição dos direitos laborais e salários.
No setor da saúde, o acordo poderá levar ao aumento da duração das patentes dos medicamentos, impossibilitando a venda de medicamentos genéricos a preços mais acessíveis. Os serviços de emergência poderão ser privatizados.
Na área da liberdade e privacidade, poderemos ter uma tentativa de ressuscitar a ACTA (Acordo Comercial Anticontrafação) e pressão sobre os fornecedores de internet para se tornarem numa força “policial”.