"O Irã não vai se tornar um paraíso para espiões, não vamos estender o carpete vermelho ao inimigo", disse Salami. O oficial afirmou que permitir que inspetores visitassem bases militares seria o mesmo que uma "ocupação" e exporia "os segredos militares e de defesa" do país. "Significa humilhar uma nação", afirmou. "Nem nos sonhos deles, eles vão receber permissão para inspecionar nem mesmo a mais comum instalação militar", acrescentou.
Inspeções do tipo, porém, já aconteceram no passado. Em 2005, o Irã permitiu que membros da agência nuclear das Nações Unidas visitassem o complexo militar de Parchin como uma medida para conquistar confiança. Novas visitas, porém, foram banidas, com medo de espionagem.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou neste domingo (19) que as alegações de que o país estava tentando desenvolver armas nucleares são um mito e apontou os EUA e Israel como as reais ameaças à segurança no Oriente Médio. As observações foram feitas por ocasião do Dia do Exército anual no Irã. Khamenei exortou as tropas a aumentar a sua prontidão defensiva. O discurso refletiu o estado de tensão das relações entre a liderança iraniana e Washington.
"Eles fabricaram o mito da arma nuclear para dizer que a República Islâmica é uma ameaça", disse Khamenei, de acordo com seu site oficial. "Não! A ameaça são os EUA, que cometem interferências causadoras de insegurança, sem qualquer controle."
Os países ocidentais há muito afirmam que as atividades de desenvolvimento nuclear do Irã têm como objetivo produzir armas nucleares. O Irã sempre insistiu em que suas atividades são para fins pacíficos.