Ao falar com a agência Sputnik Persian, Masib Na'imi afirmou:
“Hoje é evidente que a origem do Estado Islâmico está condicionada ao Ocidente. E isso não é só aparência. A atividade vital dos militantes é mantida pelos EUA e seus aliados, que lhes fornecem armas, munições e apoio financeiro. E a intercessão de Washington já foi tão longe que os bombardeios indiscriminados na Síria e no Iraque não trazem nada além de destruição e vítimas civis. Agora os próprios EUA já não sabem mais o que fazer com o gênio que eles soltaram da garrafa.”
Segundo o diretor-geral do noticiário iraniano, “os americanos poderiam impedir o avanço dos militantes no norte do Iraque e salvar Mosul, eles estavam bem cientes dos planos agressivos do Estado Islâmico, mas não fizeram isso, e não informaram o governo iraquiano central”. Masib Na'imi afirma, portanto, que os EUA não impediram isso e, na atual conjuntura, acobertaram os terroristas. “Agora são forçados a lidar com as conseqüências”, disse.
O diretor-geral do jornal iraniano observa que combater individualmente grupos terroristas de grande expressão, que já possuem impacto no mundo, é uma tarefa extremamente complicada. Segundo ele, “a situação exige a criação de uma nova coalizão internacional, que estabeleça um objetivo real, e não virtual, de destruir o Estado Islâmico”.
O alto comandante da Marinha da Guarda Revolucionária Iraniana, Ali Fadavi, por sua vez, declarou que a política americana no Oriente Médio está fadado ao fracasso, enquanto Washington continua a apoiar a campanha militar contra o regime saudita no Iêmen. Citado pela mídia local, ele observou que "a política dos EUA falhou repetidamente no Iraque, Síria, Líbano e Afeganistão, e certamente falhará no Iêmen".
Ao mesmo tempo, Ali Fadavi disse que a hegemonia global, liderada pelos EUA e o regime israelense, “obtêm lucro causando o massacre de muçulmanos em países islâmicos", enquanto Teerã tem desempenhado um papel influente na resolução dos conflitos regionais e internacionais.