Para o chefe de estado, seus companheiros têm uma visão equivocada. As declarações são feitas no momento em que liberais, sindicatos e outros agentes unem esforços para bloquear as propostas de comércio do presidente, argumentando que elas ameaçariam empregos nos EUA.
"Eu não estaria fazendo este acordo comercial se não achasse que é bom para a classe média", afirmou Obama em entrevista na MSNBC.
Nesta quarta-feira, o Comitê de Finanças do Senado americano planeja votar a opção de que acordos comerciais com outros países sejam alvos de um processo de "fast track". Através dele, esses pactos poderiam ser aprovados ou rejeitados apenas em bloco, sem direito a emendas dos congressistas.
Uma das propostas que podem resultar em acordo é a Parceria Trans-Pacífico, que envolve os EUA e outros 11 países. Obama defende o livre comércio, mas muitos congressistas de seu próprio partido têm ressalvas. O Partido Republicano, em geral, apoia os acordos comerciais, mas Obama não pode contar apenas com a oposição para aprovar essas medidas.
Vários democratas no Comitê de Finanças apoiam a iniciativa. O senador Mark Warner disse que os Estados Unidos correm o risco de ficar para trás, diante de uma economia global em expansão. A Câmara de Comércio, um grupo empresarial, apoia fortemente a legislação proposta pelo presidente.
É provável que o fast track seja aprovado no Senado. Na Câmara dos Representantes, porém, o resultado é mais incerto, já que vários democratas se opõem à iniciativa e alguns deputados republicanos têm ressalvas em dar mais poder a Obama.