Trata-se do mais recente exemplo do Ocidente acusando a Rússia de agressão militar enquanto, de fato, é o próprio Ocidente que toma medidas para estabelecer uma OTAN mais forte.
Na última segunda-feira, 15 tanques de guerra Leclerc deixaram a França rumo à Polônia. Além do 12ème Régiment de Cuirassiers, a França também enviou um pelotão do 16ème Bataillon de Chasseurs, que inclui quatro veículos de infantaria, e um pelotão do 13ème Régiment du Génie.
Em serviço apenas em 1992, os Leclercs não têm tanta experiência em combate. Os tanques franceses viram pouca ação em Kosovo e no Líbano e nunca foram usados diretamente em um conflito de grande intensidade.
Nesta terça-feira, o presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, indicou que negociaria com os Estados Unidos a compra de mísseis de defesa de médio alcance do tipo Patriot. A decisão foi supostamente em resposta a uma vaga e pouco específica “ameaça do leste” mencionada pelo Presidente Komorowski no ano passado.
Alguns especialistas sugerem que a compra de mísseis pode ser uma medida política visando às eleições da Polônia, em maio.
“Em tempos de conflito armado na Ucrânia, Bronislaw Komorowski quer se mostrar como um comandante forte”, afirmou o especialista em marketing político Wieslaw Galazka ao jornal Wirtualna Polska.
A aliança militar do Ocidente também vem aumentando sua presença nas nações bálticas. A Letônia já expressou sua vontade de receber um batalhão permanente de soldados da OTAN. “No momento atual, estamos procurando um sistema de defesa antiaérea”, afirmou o ministro da Defesa da Letônia, Raimonds Vejonis, à Sputnik News nesta terça-feira. “É claro, vamos discutir uma possível presença permanente da OTAN na região — é um assunto essencial para nós.”
O governo da Letônia manifesta preocupação quanto a uma suposta ameaça russa desde o ano passado.