Ao longo da noite de terça-feira, promotores entraram no navio de resgate que levava 27 sobreviventes do desastre ocorrido no fim de semana na Sicília e prenderam o capitão tunisiano e um tripulante sírio da embarcação que naufragou. Eles são acusados de favorecer a imigração ilegal. O capitão também é acusado por agir de maneira imprudente e levar a homicídios e por provocar um naufrágio.
Os promotores de Catânia informaram que o naufrágio ocorreu devido a dois fatores: o capitão, Mohammed Ali Malek, de 27 anos, errou e jogou seu barco contra uma embarcação de bandeira portuguesa que vinha em sua direção para um resgate; além disso, os próprios imigrantes se moveram no barco lotado, que já estava desbalanceado por causa da colisão.
Os sobreviventes foram levados hoje para um centro de imigração em Catânia e estavam "muito cansados, muito chocados, silenciosos", segundo Flavio Di Giacomo, da Organização Internacional para a Imigração.
A Guarda Costeira italiana informou que salvou 638 imigrantes em seis diferentes operações de resgate apenas na segunda-feira. Nesta terça-feira, mais 446 pessoas foram resgatadas de um navio que estava afundando 130 quilômetros ao sul da costa da Calábria.