Poroshenko pede a aceleração do acordo de associação da Ucrânia à UE

Segundo o comunicado, "o Presidente Pyotr Poroshenko, durante o encontro com o chefe da Assembleia Nacional da França Claude Bartolonom, pediu a aceleração da ratificação do Acordo de Associação entre a Ucrânia e a UE".

Os dois lados se mostraram a favor de uma maior cooperação entre os dois parlamentos para um maior entendimento da legislação.

Bartolon e Poroshenko discutiram a situação na região de Donbas, no leste ucraniano, e destacaram a importância da solidariedade internacional na execução dos acordos de Minsk por todas as partes envolvidas.

O chefe de Estado ucraniano destacou o importante papel da França e, particularmente, do Presidente François Hollande no processo de paz em Donbass, agradecendo o povo francês pelo apoio ao povo ucraniano. 

No contexto da discussão sobre o processo de integração da Ucrânia à União Europeia, Poroshenko pediu que a questão do  regime de isenção de vistos seja incluída na criação da agenda sobre a associação. 

Anteriormente, o ministério das relações exteriores ucraniano havia declarado que espera a conclusão da ratificação do acordo até o final de 2015. 

As atuais autoridades da Ucrânia consideram como um dever resgatar o curso de integração com a União Europeia. O governo do primeiro-ministro Arseny Yatsenyuk retomou as negociações com a EU e já em 21 de março assinou a parte política do acordo de associação. A parte econômica do documento, considerada a mais importante, foi assinada em 27 de junho. Posteriormente, em 16 de setembro, o texto foi ratificado na íntegra pela Supreme Rada (parlamento ucraniano) e pelo Parlamento Europeu. A maior parte do Acordo entrou em vigor em 1° de Novembro, tendo em vista que a seção sobre a criação de uma área de livre comércio só será executada em 1° de janeiro de 2016. Para que o documento todo entre vigor definitivamente, o acordo deve ser ratificado por todos os países da UE.

Desde meados de abril de 2013 a Ucrânia começou a realizar uma operação militar para atacar as forças independentistas no leste da Ucrânia. Estas não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas que chegaram ao poder após um golpe de Estado em Kiev.

Os Acordos de Minsk assinados pelo "quarteto da Normandia" (Alemanha, Rússia, França e Ucrânia) em 12 de fevereiro de 2014 preveem a retirada de tropas e o cessar-fogo completo, mas os representantes de Donetsk e Lugansk têm repetidamente declarado que Kiev viola os acordos.