"Os EUA dizem que têm treinado o exército ucraniano já há 20 anos. Mas o exército na Ucrânia estava em frangalhos", constatou o chefe da diplomacia russa. "Os EUA treinaram o exército no Afeganistão e no Iraque. Quão bem-sucedidos eles são na luta contra o terrorismo?", perguntou-se.
Duzentos e noventa fuzileiros navais da 173ª Brigada Aerotransportada dos EUA, baseada na cidade italiana de Vicenza, chegaram à Ucrânia na sexta-feira (17) para treinar três batalhões da Guarda Nacional ucraniana nos exercícios conhecidos como Fearless Guardian 2015, segundo notificou no Twitter o embaixador estadunidense na Ucrânia, Geoffrey Pyatt. De acordo com o serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Ucrânia, o treinamento começou na última segunda-feira (20), na região de Lvov.
Yavoriv, Ukraine--US Army's 173rd Airborne Brigade arrives in Ukraine for Fearless Guardian http://t.co/oUIpKcJHW5 pic.twitter.com/Z8YUxeVLfY
— US Mission to NATO (@USNATO) 17 abril 2015
Além de questionável em sua eficácia, segundo disse o chanceler russo nesta quarta-feira, a presença de militares norte-americanos na Ucrânia é ilegal, pois viola diretamente os acordos de Minsk assinados em fevereiro, nomeadamente o 10º ponto, que prevê “a retirada de todas as unidades armadas e materiais bélicos estrangeiros, assim como dos mercenários, do território da Ucrânia, sob a supervisão da OSCE, bem como o desarmamento de todos os grupos armados ilegais”.
No entanto, claramente ignorando as exigências dos acordos de Minsk, o presidente da Ucrânia Pyotr Poroshenko mostrou-se bastante receptivo aos instrutores norte-americanos, inclusive indo almoçar com os paraquedistas.