Segundo ele, o desenvolvimento de uma estação orbital conjunta pode ser iniciado se o programa da Estação Espacial Internacional (EEI) for suspenso devido a divergências políticas entre os atuais parceiros do laboratório orbital.
"Se tivermos uma situação de força maior devido a alguma diligência política, temos uma possibilidade, depois de 2019, de preservar a espinha dorsal da estação, [possibilidade] que poderemos desenvolver em conjunto com os BRICS ou com alguns outros países", explicou Koptev.
A expansão da cooperação espacial entre Brasil e Rússia, especificamente, foi tema de uma entrevista exclusiva da Sputnik com o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira, Petrônio Noronha de Souza. Ele destacou a parceria que vem ocorrendo com os russos no desenvolvimento das estações do Glonass (Sistema de Navegação Global por Satélite) no Brasil — que, aliás, acaba de ganhar sua segunda antena, a ser instalada no campus da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio de Grande do Sul – e comentou sobre um possível interesse do Governo brasileiro em um projeto russo, chamado Lançamentos Marítimos, para a construção de uma espécie de cosmódromo marítimo – um ponto de lançamento flutuante em uma plataforma em alto-mar, aproveitando a extensa costa brasileira, com latitudes bem próximas à linha do Equador, o que proporcionaria maior carga útil dos satélites.