Ucrânia receberá urânio enriquecido da França

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A estatal ucraniana de energia atômica Energoatom assinou um contrato com a Areva, da França, sobre o fornecimento de urânio enriquecido para abastecer as usinas nucleares ucranianas, segundo comunicou nesta sexta-feira (24) a assessoria de imprensa da Energoatom.

De acordo com o informe, o contrato foi assinado no escritório da companhia ucraniana em Bruxelas.

"Hoje, um contrato foi assinado, o que amplia a cooperação com uma empresa líder mundial em tecnologia nuclear. Este contrato é um verdadeiro passo para diversificar as fontes de materiais nucleares para as centrais nucleares ucranianas", escreveu o chefe da Energoatom, Yuri Nedashkovskiy.

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A operadora nacional de energia da Ucrânia, Ukrenergo, disse em comunicado que "a Areva ganhou a licitação pública, uma vez que fez uma oferta de preço mais atraente e minimizou os riscos contratuais", mas não forneceu mais detalhes sobre o contrato.

Antes da atual crise interna, a Ucrânia já trabalhou exclusivamente com empresas russas para abastecer suas centrais nucleares com urânio enriquecido, inclusive tomando parte no centro internacional de enriquecimento de urânio localizado na cidade de Angarsk, na Sibéria.

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A energia nuclear ocupa um dos lugares mais importantes na economia ucraniana. Nos últimos anos, tendo apenas 22,8% da capacidade instalada, as usinas nucleares geraram cerca de 53% da eletricidade do país durante as demandas máximas de outono e inverno. Atualmente, existem 15 unidades operantes de geração de energia em quatro centrais nucleares ucranianas.

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No entanto, o país também depende fortemente da compra de gás e carvão para suprir suas necessidades internas, tanto na produção de energia térmica, quanto na de energia elétrica, e vem sofrendo um déficit das duas matérias-primas no último ano, particularmente devido à redução das importações de gás da Rússia e às operações bélicas contra os movimentos de independência em Donbass, região onde se localiza a maior parte das minas de carvão da Ucrânia.

Após longas e inconclusivas conversações, a empresa russa Gazprom impôs, desde 16 de junho de 2014, o pré-pagamento pelo gás fornecido à Ucrânia devido a uma grande dívida por parte de Kiev, cujo montante ultrapassava então os cinco bilhões de dólares.

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