“O governo iemenita pede ao Conselho de Segurança para exigir do governo da República Islâmica do Irã que pare a sua interferência continuada, porque suas ações irresponsáveis são uma violação flagrante na unidade, integridade e soberania do Iêmen e uma tentativa de minar o governo legítimo”, diz a carta de Alemani, dirigida ao presidente do Conselho de Segurança.
No Iêmen, também questionaram as intenções do Irã para se tornar um "mediador neutral" no estabelecimento. Alemani na sua carta acusou o Irã de "equipar os Houthis com armas de acordo com os seus objetivos expansionistas".
Por sua vez, um membro do Ansar Allah, Mohammad al-Bahiti, disse que o movimento fará em resposta um "ataque militar da Arábia Saudita se o bombardeio do território iemenita não for interrompido”.
Bahiti refutou a informação que a "coalizão árabe" destruiu o potencial militar dos Houthis com ataques aéreos. O representante do movimento disse que os Houthis, que tomaram o poder em Sanaa, "não precisam de mísseis" para atacar o reino saudita.
“Os sauditas sabem isso. Nós demos a eles a mensagem e aconselhamos que façam conclusões adequadas”, disse Bahiti.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos anunciou na terça-feira uma mudança da tática da sua intervenção no Iêmen que tinha começada no fim de março. Nesta quarta, começou a operação chamada "Restaurando a Esperança".
A nova fase da intervenção internacional já matou muitas pessoas. Contudo, a comunidade internacional permanece quase silenciosa sobre o assunto. A ONU tinha instado as partes à paz e negociações, mas omitindo a participação da Arábia Saudita, autora dos bombardeios.
Há uma parte da comunidade internacional que acusa o Irã de enviar navios militares à região para supostamente entregá-los aos rebeldes xiitas Houthis. O próprio Irã desmente categoricamente estas especulações, sublinhando que a atitude do país na questão do Iêmen é essencialmente pacificadora. A República Islâmica do Irã não se interfere nos assuntos internos do país árabe. Já na terça, após o anúncio sobre o fim da operação, o chanceler iraniano, Javad Zarif, disse que o seu país estava pronto para fazer tudo o que seja necessário para estabelecer o diálogo no Iêmen. Mas depois seguiu a nova fase da operação militar.