Não obstante a recusa da passagem através da Polônia, os poloneses manifestam simpatia para com o grupo de motoqueiros russos. Por exemplo, Wiktor Wegrzyn, comandante do projeto internacional "Raide de Katyn", uma iniciativa semelhante, acredita que a posição que a comunidade internacional deveria assumir é clara: "É preciso organizar uma receção calorosa":
"Os motoqueiros russos vêm cá pela terceira vez. Por duas vezes passaram tranquilos, sem preocupações. E agora aparece que são um problema. A gente não sabe o que está passando. Eu acredito que o objetivo é usar os motoqueiros para um conflito entre a Polônia e a Rússia. Esta é a minha opinião. Alguém precisa muito disso. Nós não aceitaremos sermos usados contra ninguém".
Wegrzyn lembrou a cordialidade que ele e sua equipe experimentaram na Rússia durante os 14 "Raides de Katyn" já realizados. Perguntado se iria seguir o roteiro previsto pela turnê dos Lobos Noturnos, caso os russos fossem barrados definitivamente na fronteira, declarou que sim: "Seguiremos este mesmo roteiro e iremos colocar flores e acender velas".
Contudo, os Lobos Noturnos estão ansiosos para realizar a viagem, apesar de todos os obstáculos. Segundo Alexander Zaldostanov, o líder do grupo motard:
"Se nós abandonarmos esta viagem, abandonaremos tudo — o 9 de maio, os túmulos [dos soldados soviéticos caídos na Segunda Guerra Mundial], os monumentos, a memória, a nossa história, todos os nossos valores. Iremos ficar no caixão e morrer. Isso não acontecerá".
No entanto, a Finlândia pode se tornar o ponto de passagem para os Lobos Noturnos, informa a mídia local.
As autoridades finlandesas frisam que os motoqueiros poderão cruzar a fronteira russo-finlandesa, só serão submetidos a exames de segurança comuns.
O jornal finlandês Yle comenta que o serviço fronteiriço desse país acompanha as aventuras dos Lobos Noturnos, ressaltando que o país mostra interesse especial em saber como os outros países da zona Schengen reagem a este assunto.