A Secretaria de Segurança Pública do Paraná diz que 20 policiais ficaram feridos. Os professores, em greve desde segunda-feira, protestavam contra um projeto de lei (PL) que altera a Previdência estadual. O projeto foi aprovado no início da noite, em segundo turno, pela Assembleia Legislativa do Paraná.
A confusão começou por volta das 15h, no Centro Cívico, em frente ao prédio, quando os deputados estaduais começaram a sessão. Os manifestantes, em sua maioria professores, tentaram romper o perímetro de segurança que a Polícia Militar (PM) traçou em torno da Assembleia Legislativa. Os policiais usaram bombas de gás, balas de borracha e jatos de água para dispersar os manifestantes. Os professores recuaram, mas a polícia continuou jogando bombas de efeito moral.
Sete pessoas foram presas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, “por envolvimento direto nos ataques aos policiais”. O governo do Paraná atribuiu o confronto a “manifestantes estranhos ao movimento dos servidores estaduais”.
Segundo a Secretaria de Segurança, será aberto Inquérito Policial Militar, com participação do Ministério Público, para apurar as ações durante o protesto. 1,6 mil policiais estavam no local.
O Sindicato dos Professores do Paraná repudiou a ação policial. O sindicato informou ainda que a greve continua.
Esta terça-feira foi o terceiro dia de protesto dos professores, que entraram em greve na segunda-feira (27).
O Paraná Previdência é formado pelos fundos Militar, Financeiro e Previdenciário. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário. Os professores são contra o projeto porque dizem que vai prejudicar a aposentadoria dos servidores, para “salvar as contas do governo”. A categoria representa 70% do funcionalismo estadual, informou Agência Brasil.