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Protesto dos professores em Curitiba tem 170 manifestantes e 20 policiais feridos

© Orlando Kissner/ Fotos PúblicasProtesto dos professores no Paraná, 29 de abril de 2015
Protesto dos professores no Paraná, 29 de abril de 2015 - Sputnik Brasil
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Pelo menos 170 manifestantes ficaram feridos no confronto entre professores e policiais militares em Curitiba na tarde desta quarta-feira, 29 de abril, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, no Centro Cívico.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná diz que 20 policiais ficaram feridos. Os professores, em greve desde segunda-feira, protestavam contra um projeto de lei (PL) que altera a Previdência estadual.  O projeto foi aprovado no início da noite, em segundo turno, pela Assembleia Legislativa do Paraná.

A confusão começou por volta das 15h, no Centro Cívico, em frente ao prédio, quando os deputados estaduais começaram a sessão. Os manifestantes, em sua maioria professores, tentaram romper o perímetro de segurança que a Polícia Militar (PM) traçou em torno da Assembleia Legislativa. Os policiais usaram bombas de gás, balas de borracha e jatos de água para dispersar os manifestantes. Os professores recuaram, mas a polícia continuou jogando bombas de efeito moral.

© Agência ParanáProtesto do professores em Curitiba, em 29 de abril de 2015
Protesto do professores em Curitiba, em 29 de abril de 2015  - Sputnik Brasil
Protesto do professores em Curitiba, em 29 de abril de 2015
Os confrontos acabaram depois de uma chuva forte no local. Os manifestantes, que saíram de várias cidades do Paraná, continuam na praça, onde planejam os próximos passos da paralisação. O protesto reuniu professores dos ensinos fundamental, médio e superior. A maioria das universidades públicas do Paraná são estaduais.

Sete pessoas foram presas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, “por envolvimento direto nos ataques aos policiais”. O governo do Paraná atribuiu o confronto a “manifestantes estranhos ao movimento dos servidores estaduais”.

Segundo a Secretaria de Segurança, será aberto Inquérito Policial Militar, com participação do Ministério Público, para apurar as ações durante o protesto. 1,6 mil policiais estavam no local.

O Sindicato dos Professores do Paraná repudiou a ação policial. O sindicato informou ainda que a greve continua.

Esta terça-feira foi o terceiro dia de protesto dos professores, que entraram em greve na segunda-feira (27). 

O Paraná Previdência é formado pelos fundos Militar, Financeiro e Previdenciário. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário. Os professores são contra o projeto porque dizem que vai prejudicar a aposentadoria dos servidores, para “salvar as contas do governo”. A categoria representa 70% do funcionalismo estadual, informou Agência Brasil.


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