Optando por uma estratégia diferente da utilizada em anos anteriores, Dilma usou o Facebook, o Twitter e o YouTube (em detrimento da TV e do Rádio) para se dirigir aos trabalhadores brasileiros, em um momento de grande tensão em todo o Brasil pela votação da nova lei de terceirização, que, segundo críticos, se for aprovada, representará um grande retrocesso para a política brasileira.
No primeiro dos três vídeos divulgados pelo Palácio do Planalto, a presidenta celebra as vitórias da classe trabalhadora destacando a valorização do salário mínimo como uma das maiores conquistas dos últimos 13 anos. Segundo ela, em seu primeiro mandato, o salário mínimo cresceu 14,8% acima da inflação e, com o encaminhamento ao Congresso Nacional de uma Medida Provisória que garante a política de valorização até 2019, o aumento do poder de compra do trabalhador estará assegurado por, pelo menos, mais alguns anos.
Sobre o polêmico projeto de regulamentação da terceirização, abordado no segundo vídeo, a chefe de Estado fez questão de frisar que o objetivo da nova lei deve ser o de permitir que os 12,7 milhões de trabalhadores terceirizados em todo o Brasil "tenham proteção e emprego, direitos trabalhistas e previdenciários e garantia de um salário digno". No entanto, ela destacou que, para isso, é preciso "manter a diferenciação entre as atividades-fins e meio nos vários setores produtivos".
"É preciso assegurar ao trabalhador a garantia dos direitos conquistados nas negociações salariais. É preciso proteger a previdência social da perda de recursos e, assim, garantir sua sustentabilidade. O meu governo tem o compromisso de manter os direitos e as garantias dos trabalhadores", disse Dilma.
Já na terceira parte do seu discurso, a presidenta anunciou a criação de um fórum de debates sobre políticas de emprego, trabalho, renda e previdência social, envolvendo centrais trabalhistas, representantes dos aposentados e pensionistas, representantes dos empresários e do governo.
"Caberá a nós todos encontrarmos a melhor estratégia e definir os mais eficientes instrumentos para que possamos atingir os nossos objetivos de fazer o Brasil crescer, aumentando emprego e renda de todos os trabalhadores" declarou Dilma, chamando a atenção para o diálogo com a população e defendendo o direito de opinião e de manifestação.