O documento destaca que passados 70 anos desde o fim da guerra que matou 27 milhões de cidadãos soviéticos, a guerra voltou a bater na porta da humanidade.
"A reorganização do mundo sob a liderança dos EUA e seus aliados levou a guerras na Iugoslávia e no Afeganistão, no Iraque, Sudão e Iêmen, na Líbia e na Somália" – diz a carta.
"Nós defendemos a paz, porque conhecemos muito bem o que é a guerra" – destacaram os militares da antiga Alemanha Oriental.
Os militares que assinaram a carta apontam também para uma "campanha midiática sem precedentes", uma "histeria militar e a russofobia". Nas suas palavras, tudo isso se contrapõe àquele papel diplomático que a Alemanha poderia vir a desempenhar, levando em conta a sua "posição geopolítica, experiência histórica e os interesses objetivos do seu povo".
"Não precisamos de uma campanha militar contra a Rússia, mas de uma compreensão mútua e uma coexistência pacífica. Não precisamos da dependência militar dos EUA, mas da própria responsabilidade perante o mundo" — diz a carta.
"Como militares, nós sabemos bem que a guerra não deve ser um instrumento da política. Partindo da nossa experiência, nós podemos avaliar bem as consequências para toda a Europa" – declarou durante uma entrevista coletiva o ex-ministro da Defesa da Alemanha Oriental, almirante Theodor Hoffmann.
Ele destacou ainda que os principais problemas da atualidade podem ser resolvidos somente em cooperação com a Rússia.
"A experiência mostra que é melhor manter amizade com os russos, do que lutar contra eles" – disse Hoffmann.
Nas suas palavras, muitos dos que assinaram a carta aberta vivenciaram a Segunda Guerra Mundial.