Em fevereiro o Pentágono anunciou que tinha assinado acordos com a Turquia e com a Jordânia que preveem construção de instalações para treinar e equipar combatentes oposicionistas na Síria. O Catar e a Arábia Saudita também se ofereceram para sediar os treinamentos.
Os funcionários oficiais do Departamento da Defesa disseram que cerca de 1.200 combatentes da oposição síria foram identificados como potenciais candidatos para o treinamento. Segundo os relatos mais recentes, 400 deles já passaram o controle de segurança inicial e começarão a treinar em breve (isto é sujeito de aprovação final).
O programa prevê o treinamento de mais de 5 mil rebeldes anualmente durante três anos e inclui manejo com armas pequenas, comunicação de rádio, tática de batalha e assistência médica. SO rebeldes também serão equipados com armamentos, caminhões e rádios táticos.
Os EUA esperam que os rebeldes treinados voltem para casa para defender suas cidades e aldeias do Estado Islâmico, porém permanecem preocupações de que os combatentes da oposição usarão as novas competências para lutar contra as forças governamentais ou se juntar às fileiras de grupos terroristas como a Frente Al-Nusra, por exemplo.
Curiosamente, os EUA recusam-se a cooperar com as autoridades oficiais sírias e nomeadamente com o presidente do país, Bashar Assad, na luta contra o Estado Islâmico, preferindo treinar e armar grupos autónomos que facilmente saem de controle. Vale lembrar que algumas evidências e testemunhas indicam que o próprio Estado Islâmico é fruto da política impensada dos EUA no Oriente Médio.
Esta política custará 6,6 bilhões de dólares aos pagadores de impostos nos EUA – tal é o montante autorizado para o programa de luta contra o EI neste ano pelo The National Defense Authorization Act (NDAA na sigla em inglês).