O cargueiro de sete toneladas, lançado há alguns dias da base de Baikonur em direção à Estação Espacial Internacional com alimentos, oxigênio, combustível e equipamentos para os astronautas, saiu de sua órbita original e, agora, está voltando para a Terra. A tendência é a de que a nave queime nas camadas densas da atmosfera, mas alguns fragmentos devem chegar à superfície do planeta no início da manhã de sexta-feira. Embora não seja possível dizer ainda que localidades exatamente serão alvo dos destroços, cientistas afirmam que qualquer região do globo localizada entre as latitudes 51.6 graus ao norte ou sul do equador está ameaçada.
Na área citada, encontra-se a maior parte da população mundial. Segundo a expectativa, apenas regiões acima do extremo norte da Europa e Canadá, Alasca, Groenlândia, extremo sul da América e Antártica poderiam ser excluídas. Mas muitos especialistas consideram o Oceano Pacífico o alvo mais provável.
Informações preliminares dão conta de que a queda do Progress M-27M poderá ser observada a olho nu pelos brasileiros. A situação está sendo acompanhada em tempo real pela rede brasileira de observação de meteoros, a Brazilian Meteor Observation Network (BRAMON).
Este é apenas o segundo acidente envolvendo uma nave Progress em quase 40 anos de história. O outro problema ocorreu em 2011, em decorrência de uma falha no foguete portador.