Os exercícios navais, incluindo exercícios de tiro neste mar estratégico que liga a Europa, a África e o Oriente Médio, são vistos pela mídia ocidental como um sinal para Washington e uma forma de mostrar que uma nova e poderosa aliança surge "no próprio quintal da Europa Ocidental.""Mesmo sendo apenas dois navios de guerra chineses, tal reflete o desejo da China de ajudar a Rússia a fazer frente ao poder americano", escreveu a revista National Preview, sediada em Nova York. "A inimizade que definiu as relações sino-russas durante boa parte da Guerra Fria desapareceu há muito tempo. Agora é uma aliança forte que se levanta contra a política militar dos EUA no mundo. Essa aliança tem seu próprio componente de segurança muito profundo.
O jornal suíço Tages Anzeiger escreveu que a amizade entre Moscou e Pequim vai muito além das considerações apenas políticas e econômicas. "Eles estão criando uma aliança também no campo militar como um contrapeso para os EUA e seus aliados europeus e asiáticos", escreveu o jornal.
"É um sinal de crescimento dos laços militares entre Pequim e Moscou e uma demonstração de que os horizontes marítimos da China estão se alargando", disse a BBC."
O que está acontecendo no Mediterrâneo é uma prova de poder militar dirigido contra Washington", escreveu Der Spiegel alemão, acrescentando que a Rússia e a China se uniram para enfrentar o inimigo comum.
Os exercícios conjuntos da Rússia e da China decorrerão até 21 de maio de 2015. Um total de nove navios de ambos os lados estão tomando parte nos exercícios, que são inéditos no Mediterrâneo. As manobras têm como objetivo o aprofundamento da cooperação entre a China e a Rússia e também o reforço da sua capacidade de combate para repelir ameaças navais.