Jeffrey Sterling foi condenado a 42 meses de prisão. De acordo com o tribunal, em 2003 Sterling entregou ilegalmente ao jornalista James Risen do New York Times informações sobre a operação da CIA projetada para desacelerar o programa nuclear iraniano.
James Risen não conseguiu publicar o artigo em 2003 por causa da intervenção de Condoleezza Rice, que ocupava o cargo de assessora do presidente nas questões da Segurança Nacional. Mas em 2006 ele lançou o livro "Estado de Guerra”, onde descreveu os detalhes da operação. Mesmo assim, a obra não se tornou uma sensação.
De acordo com analista Vladimir Sazhin, depois que Teerã recomeçou o programa nuclear nos meados da década de 80, o Irã tornou-se um centro de atração dos vários serviços da inteligência. As histórias sobre as revelações dos espiões deixaram de ser uma raridade.
Segundo Sazhin, todos os serviços secretos, tanto em Washington quanto em Teerã, já souberam todos os detalhes da operação da CIA nos anos 2000. Isso mais uma vez prova o axioma — espionagem é uma parte inalienável da civilização. Por isso, a história de Sterling não afetou as negociações sobre o programa nuclear iraniano e não poderá afetar.