“Nós continuamos a avaliar o desenvolvimento da situação, que é muito instável”, declarou Dujarric.
Mais cedo, o general Godefroid Niyombare, antigo chefe do serviço de informações do Burundi, anunciou a destituição do presidente Pierre Nkurunziza, acusado de violar a Constituição ao buscar um terceiro mandato, provocando uma grave crise política no país. A notícia animou grande parte da população, e multidões tomaram as ruas da capital, Bujumbura, para comemorar. No entanto, o serviço de imprensa de Nkurunziza, que se encontrava na Tanzânia participando de uma reunião com outros líderes africanos, informou que a tentativa de golpe falhou e que a situação está sob controle.
Após o anúncio do general Niyombare, tiros foram ouvidos no centro da capital. Forças de segurança fiéis ao presidente dispararam para o ar a fim de dispersar os manifestantes, que, de acordo com a imprensa, se concentraram junto às instalações de uma rádio pública nacional. Soldados opositores ao regime de Nkurunziza tentaram se aproximar da estação, mas foram impedidos pela guarda local.
Em Washington, a Casa Branca também se manifestou sobre a situação através de um comunicado oficial, pedindo o fim imediato da violência no Burundi.
"Os Estados Unidos estão acompanhando com preocupação as notícias vindas de Bujumbura", disse o porta-voz do governo norte-americano, Josh Earnest. "Pedimos que todas as partes abaixem suas armas, acabem com a violência e demonstrem contenção", acrescentou.
Nesta quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU deverá se reunir, em caráter emergencial, a pedido da França, para discutir a crise no Burundi.