A respetiva declaração foi feita na quarta-feira (12) pelo secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, que declarou que o organismo "mantém compromisso com o Afeganistão":
"Hoje, nós tomamos uma decisão importantíssima que demonstra que mantemos o nosso compromisso com o Afeganistão. Nós concordamos em manter a nossa presença no Afeganistão, mesmo depois do fim da nossa missão atual, Resolute Support [Suporte Firme, do inglês]".
A missão Resolute Support é comandada pelo general norte-americano John Campbell.
Esta decisão significa que o Afeganistão, país assolado por conflitos armados prolongados e atentados terroristas, permanecerá nas mãos de organismos militares estrangeiros.
Para abrandar a sua declaração, Stoltenberg acrescentou que a "presença" da OTAN contaria com a participação de civis:
"A nossa presença futura será liderada por civis. Terá a pegada ligeira. Mas terá um componente militar".
O chefe da aliança esclareceu que as tropas atlânticas no país irão treinar e aconselhar as instituições afegãs de segurança. O objetivo é supostamente ajudar o Afeganistão a "se tornar mais autossuficiente" e "construir [o sistema de segurança nacional] sobre a base que conseguimos construir, como parte do esforço internacional mais amplo".
Conforme uma declaração do presidente estadunidense, Barack Obama, até finais de 2017 no Afeganistão não deveriam estar mais nenhumas tropas norte-americanas. Em finais de 2016, ano da saída de Obama do cargo presidencial, estava previsto que só 1 mil soldados estadunidenses permaneçam no país. Agora, o próximo presidente dos EUA terá que lidar com maior herança militar.