A bitcoin será popular especialmente entre os jovens, escreve o jornal sueco Svenska Dagbladet.
“É claro que os jovens a vão comprar. A bitcoin é o novo mundo digital, livre do sistema bancário. Isso é quase um ato político”, disse o economista do banco Avanza (o maior corretor de ações on-line na Suécia), Claes Hemberg.
Ao mesmo tempo, ele adverte que uso de bitcoins é bastante arriscado porque a moeda não tem um valor fixo — o seu valor real é uma espécie de acordo entre o vendedor e o comprador.
A bitcoin foi criada em 2008 pelo programador ou grupo de programadores conhecidos sob o nome Satoshi Nakamoto. Esta é uma das alternativas mais populares para a moeda tradicional. Sendo virtual, não é regulada por qualquer país ou órgão de supervisão bancária no mundo. A emissão dela é descentralizada e limitada — não podem ser emitidos mais de 21 milhões de bitcoins.
A ideia da moeda virtual é apoiada por muitos fãs de novas tecnologias e pelos libertários que desejam ter uma moeda fora do controle das estruturas governamentais. As bitcoins também são atraentes para os especuladores que jogam em alterações bruscas na cotação da moeda digital.
A moeda ainda não é credível para maioria dos bancos no mundo. E eles têm razões para isso. Por exemplo, em 2014 uma das maiores bolsas de compra e venda de bitcoins, a Mt. Gox, faliu. Entretanto, nos últimos tempos a taxa de câmbio da bitcoin tem estabilizado e vários investidores do Vale do Silício mostram interesse nessa moeda, informa o jornal russo Vedomosti.
Além disso, no final de abril, o banco Goldman Sachs, em conjunto com empresa chinesa IDG Capital Partners, planeja investir 50 milhões de dólares na start-up Circle Internet Financial, que realiza operações em criptomoeda.