França quer acordo com a Rússia sobre os porta-helicópteros Mistral

© AFP 2023 / EAN-SEBASTIEN EVRARDSevastopol e Vladivostok, os dois navios da classe Mistral encomendados pela Rússia
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Paris espera chegar a um acordo com Moscou sobre a entrega de dois porta-helicópteros da classe Mistral para a Marinha russa, publicou o Le Journal du Dimanche.

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“Para a França o contrato é significativo tanto por razões diplomáticas quanto financeiras. Autoridades francesas não querem ser vistas como vigaristas e incapaz de cumprir as suas obrigações”, segundo relatou ao jornal um membro do governo francês familiarizado com a situação.

Se a França tiver sucesso ao chegar a um acordo com a Rússia, Paris seria capaz de pagar uma indenização e não uma multa, acrescentou a fonte. A compensação pode chegar a 50% do que Moscou pagou.

Segundo a fonte, a França está pronta para reembolsar US$ 875 milhões, bem como cobrir as despesas do envio de marinheiros russos ao estaleiro de Saint-Nazaire, onde os porta-helicópteros Mistral foram construídos. Paris também estaria disposta a pagar pelo transporte do equipamento russo.

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Os dois navios Mistral, batizados como Vladivostok e Sevastopol, poderiam ser vendidos a um terceiro país, segundo o jornal, acrescentando que os membros da OTAN estão entre os potenciais compradores. “No entanto, seriam tomadas medidas para que os porta-helicópteros não fossem negociados com países que mantêm relações tensas com a Rússia”. A fonte disse também que a Geórgia seria uma nação incapaz de comprar as embarcações. “Evidentemente, o Kremlin veria isso como uma provocação”, publicou o periódico.

No início de maio, surgiram rumores de que a França estaria tentando vender os Mistral para a China, enquanto dois navios de guerra franceses estavam em uma visita de sete dias a Xangai. A Rússia insiste que os porta-helicópteros não podem ser negociados sem a permissão de Moscou.

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Rússia e França assinaram o acordo de US$ 1,3 bilhões em 2011. Paris deveria entregar o Vladivostok em novembro de 2014 e o Sevastopol no início de 2015. Nenhum dos navios chegou à Rússia, uma vez que o fornecimento foi suspenso sobre o alegado envolvimento de Moscou na guerra civil ucraniana. O Kremlin negou repetidamente estas alegações infundadas e trabalha pela paz na nação devastada pela guerra.

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