Rénald Luzier, que assina suas ilustrações como "Luz", disse em entrevista ao jornal francês Libération que sua "decisão muito pessoal" permitiria que ele se "reconstruísse, voltasse a ter o controle sobre mim".
O cartunista tornou-se um ícone após o ataque dos extremistas islâmicos que matou 12 pessoas, após desenhar Maomé na capa da primeira edição do semanário após o ataque. Segundo ele, porém, a atenção da mídia pesou nos últimos tempos.
Desde o ataque, as tensões cresceram na publicação, inicialmente sobre como o jornal de esquerda deveria lidar com o fato de ter se tornado uma marca global. Mais recentemente, houve uma disputa interna após a suspensão de um colunista pela direção da publicação.
Luzier citou as decisões do comando do semanário e também o trauma após o ataque terrorista de janeiro. Segundo ele, cada edição é uma tortura pois os demais não estão mais presentes.
fonte: Estadão Conteúdo