Blatter chegou a Israel para resolver a questão da proposta da Palestina de expulsar a seleção israelense da FIFA, proposta que será discutida no próximo congresso da federação no fim de maio, em Zurique, na Suíça, informa a Reuters. Segundo Blatter, ele não quer colocar esta questão controversa em votação, mas não tem poder para impedi-lo se os palestinos continuarem a insistir.
Benjamin Netanyahu, após os palestinos apelarem à FIFA, prometeu "uma série de medidas" para apoiar o futebol palestino, informa a agência russa RIA Novosti.
“A politização do trabalho da Associação de Futebol pode vir a destruí-la. Você vai começar com a politização de Israel, então ela irá afetar todos os outros [países], e isso vai levar à degradação da instituição importante. Eu espero que você entenda… Quero que saiba que também apoiamos o futebol palestino”, disse o líder do governo israelense.
Blatter disse que estava "muito feliz" por ouvir o que Netanyahu disse.
“O futebol é mais forte do que todos os problemas possíveis. Estou certo de que vamos encontrar uma solução”, relata o serviço da imprensa, citando Netanyahu.
Entretanto, a Associação Palestina de Futebol recusou participar no possível amistoso.
“Não haverá nenhum compromisso. Nós não vamos tolerar as restrições à liberdade dos nossos atletas e responsáveis. Insistimos que todos os membros discutam abertamente o problema no próximo Congresso da FIFA”, disse o presidente da associação, Jibril Rajoub.
Ao longo da sua história, a FIFA já tinha conseguido resolver problemas parecidos. Por exemplo, em abril a organização rejeitou o pedido de 13 senadores norte-americanos de retirar da Rússia a organização da Copa do Mundo em 2018. A porta-voz da FIFA, Delia Fischer, disse, pelo contrário, que a realização do torneio poderá ser um impulso poderoso para um diálogo construtivo entre povos e governos e influenciar de maneira positiva as mudanças sociais.
“O futebol não pode ser considerado como um método de resolver todos os problemas, especialmente os problemas relacionados com a política mundial. Nós já vimos que a Copa do Mundo pode ser uma fonte de bem. A FIFA acredita que assim acontecerá na competição na Rússia", diz-se na resposta da FIFA.