Ele citou o dado para explicar que a suspensão do deslocamento dos estrangeiros para São Paulo vai fazer com que o problema continue concentrado no estado acriano. “Houve entendimento com governo de São Paulo e o Ministério da Justiça para que a suspensão ocorra neste momento, embora saibamos que nós, aqui, vamos continuar sofrendo”, declarou.
“Todo dia chega gente, e a nossa capacidade de pessoal, financeira e de material se exauriu. Nos últimos quatro anos, o governo do Acre já gastou, de recurso próprio, mais R$ 10 milhões para abrigar haitianos e irmãos de outros países”, declarou.
Segundo o porta-voz, este esgotamento ocorre mesmo com o recebimento de recursos federais. Desde o final de 2010, o estado acolheu quase 40 mil estrangeiros, informou.
Ele explicou que os haitianos são livres para escolher o estado de destino, pois a maioria não deseja ficar no Acre. Dados das fichas de identificação feitas no abrigo acriano revelam que 95% optam por São Paulo. Enquanto o deslocamento estiver suspenso para a capital paulista, será possível, no entanto, viajar até outro estado, segundo informou. “Eles escolhem para onde querem ir e o governo procura dar encaminhamento a esta demanda”, declarou.
Sobre o fato da prefeitura de São Paulo não ter sido avisada sobre a chegada de grande número de haitianos, Rosas nega qualquer conflito ou cisão, seja com o governo federal ou com o governo da capital paulista, informou Agência Brasil.