Citado pela mídia local, um funcionário oficial israelense, que pediu para não ter seu nome revelado, disse que a venda de nove aeronaves civis com uma idade média de 11 anos ao Irã é uma clara violação das sanções aplicadas pelos EUA contra o Irã. Além disso, a fonte citada informou que a companhia que adquiriu as aeronaves civis está na lista negra das empresas contra as quais os EUA impuseram sanções.
O funcionário israelense, ao comentar a compra dos Airbus A340 por parte do Irã, também disse: "Estamos cientes desse precedente e informamos às autoridades norte-americanas, mas eles responderam que a transação foi executada, e eles não podem anulá-la; não há retroatividade no contrato".
Vale notar que a empresa iraniana privada que comprou as aeronaves adquiriu, em 2008, três Boeings 747 de parceiros de países ocidentais, sem o conhecimento de Washington e os entregou ao Irã. Este fato tem sido considerado como uma violação do regime de sanções em vigor pelos Estados Unidos no setor da aviação iraniana. A empresa foi incluída na lista negra do Tesouro dos EUA.
Após o acordo preliminar alcançado em Genebra em novembro de 2013, durante as negociações entre o grupo de mediadores internacionais P5 +1 e o Irã, as sanções sobre o fornecimento de peças de aviação de produção estrangeira para o Irã foram parcialmente suspensas.
O embargo à compra de aeronaves na última década levou a um aumento da idade média da frota de aeronaves civis iranianas e ao crescimento de acidentes aéreos.