Há quinze anos, em agosto de 1999, ele viajou para a Ucrânia pela primeira vez, logo após o bombardeio da ex-Iugoslávia pela OTAN. Sua análise foi que a Ucrânia se tornaria uma das próximas áreas de confronto.
Logical Buk routes from Snizhne to Krasnodon. Why on earth would rebels smuggle it back to Russia via Lugansk? /3/ pic.twitter.com/IQfWMqZyci
— Max van der Werff (@MaxvanderWerff) 22 мая 2015
"Lendo The Grand Chessboard [a obra do estrategista Zbigniew Brzezinski] ficou claro por que motivo a Ucrânia é importante para os EUA como um ponto de acesso geográfico para conter a Rússia… Em 17 de julho, poucas horas depois do acidente do MH17, para mim se tornou claro que essa tragédia visava demonizar a Rússia e o seu presidente", disse Max van der Werff.
"Eu segui tudo o que estava ligado a esta questão e tentei construir a minha própria visão. Eu notei que as mídias frequentemente apresentam suposições completamente infundadas como se fossem fatos."
O blogger viajou para Donbass para ver por si mesmo onde essas fotos haviam sido tiradas. Ele subiu para o telhado de onde o fotógrafo anônimo tinha tirado a foto, fez sua própria e mostrou que a imagem é fraudulenta porque a vista das duas fotos não coincidem.
#MH17 ‘Buk launch photo’s’ are cheats http://t.co/tMCLwMypof pic.twitter.com/IhhZnpXU8c
— Max van der Werff (@MaxvanderWerff) 20 мая 2015
As conclusões de Van der Werff também se referem a uma outra dúvida sobre a veracidade das fotos — na foto do anônimo o tempo estava relativamente limpo, mas, segundo os relatos no dia do acidente, o céu estava nublado.
O blogueiro falou com pessoas que conhecem o suposto fotógrafo e disse que elas lamentavam ele ter escolhido apoiar o novo regime em Kiev:
"Eu não diria que eles estavam com raiva dele, mas decepcionados. Especialmente um de seus ex-colegas que se juntou às milícias".
Van der Werff também explicou que é quase impossível para um jornalista ocidental não relatar em conformidade com a política antirrussa:
"O mantra é nada-contra-os-russos-mas-contra-o-ditador-Putin." Se você tem uma visão diferente, você será afastado… Publicações respeitadas como o Financial Times ou o NRC Handelsblad dos Países Baixos, para qual eu trabalhei 16 anos como correspondente na Ásia Oriental, não só se juntaram a este jornalismo corrupto mas também ajudaram a tirar conclusões loucas."
Ele resumiu a entrevista com algumas palavras sobre o funcionamento da mídia ocidental: "Não é uma conspiração. É apenas o modo como a pressão dos colegas funciona".