O Ministério do Interior informou rapidamente que o ataque não teria ligação com terrorismo, mas fontes do Ministério da Defesa disseram que essa possibilidade não poderia ser descartada antes de uma investigação detalhada dos acontecimentos.
Belhassen Oueslati, porta-voz da Defesa da Tunísia, declarou que o autor da chacina, Mehdi Jmai, estava nas Forças Armadas há 16 anos e, nos últimos tempos, vinha sofrendo com problemas familiares e psicológicos.
"Ele estava tenso nas últimas semanas e tinha se tornado indisciplinado", disse Oueslati, acrescentando que, por esse motivo, o soldado foi proibido de portar armas e vinha realizando tarefas de menor responsabilidade. A arma utilizada por Jmai teria sido roubada de um colega, vítima de um ataque prévio, a facadas.
A tragédia desta segunda-feira, em Túnis, chamou novamente a atenção da imprensa internacional para a questão da segurança na Tunísia poucos meses depois do ataque terrorista ao Museu Nacional do Bardo, um dos piores dos últimos anos. Na ocasião, homens armados entraram atirando contra os turistas que se encontravam no local, matando 21 pessoas e deixando dezenas de feridos.