Em artigo publicado pelo jornal vietnamita "Thanh Nien", intitulado "Três situações que poderiam levar a uma guerra sino-americana no Mar do Sul da China", o especialista da AEI (American Enterprise Institute) para a segurança e política asiática, Michael Oslin, afirmou que nos últimos 20 anos os EUA e a China nunca estiveram tão perto de um conflito armado como agora, e existem três motivos para isto.
À medida que o poder militar da China pode decididamente exigir que os EUA deixem o sudeste da Ásia e se concentrem em resolver os problemas do Oriente Médio e da Europa, isto pode provocar uma oposição dos Estados Unidos e o desejo de resolver o conflito por vias militares.
Segundo Oslin, um conflito armado entre os EUA e a China também poderia levar países do Sudeste Asiático ao conflito com a China, o que levaria os Estados Unidos a agir em defesa de seus aliados na região, como as Filipinas ou os Estados que possuem laços de parceria com Washington.
Já o vice-diretor do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, Dmitry Mosyakov, acredita que o mais provável é o primeiro cenário de conflito.
“A política dos EUA no Sudeste Asiático prioriza a liberdade de navegação no que se refere aos interesses dos Estados Unidos. Um quarto da passagem de cargas através do Estreito de Malacca acontece nos portos do Pacífico dos EUA. E parece-me que nem a proteção dos interesses dos países da região, nem as tentativas da China de expulsar os Estados Unidos do sudeste da Ásia têm tanta importância como assegurar a livre passagem de navios, incluindo, é claro, os militares”, considera o especialista.
“O aumento no número de navios e aeronaves de patrulha, a construção de bases — tudo está indo nessa direção. E pode chegar o momento em que a proibição para a circulação de navios e as aeronaves estrangeiras será real, e, em seguida, qualquer atividade ilegal do ponto de vista da China, poderá desencadear lançamentos de foguetes ou voos de aeronaves”, completa Mosyakov.