As perspectivas da cúpula dos líderes dos "Sete Grandes" (EUA, Canada, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Itália), que terá lugar em 7 e 8 de junho, são vagas. O presidente dos EUA até pode desistir de participar no encontro.
A causa é o anúncio da publicação para breve, pelo governo alemão, dos e-mails, números de telefone e outros objetos e dispositivos relacionados com a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos.
Naquela altura, o Brasil e a Alemanha apresentaram à ONU um plano de reforço da cibersegurança.
Vale notar que a reunião dos mandatários do G7 terá lugar em Elmau, a 90 km da sede alemã da NSA, Bad Aibling.
No entanto, uma fonte da NSA citada pelo jornal alemão Bild afirma que a recusa dos EUA não estaria relacionada com a espionagem:
Contudo, a coincidência é interessante.
Já segundo o Sueddeutsche Zeitung, outro jornal importante da Alemanha, o governo Merkel teria "exagerado" ao assinar o acordo de não-espionagem em 2013.
egundo a publicação, há documentos que demonstram que a chanceler e o seu vice de então, Guido Westerwelle, sabiam de antemão que os EUA só iriam "considerar a possibilidade de não espionar" a Alemanha, e não cessar as escutas por completo.
Finanças antes da espionagem
Para os especialistas, neste evento também será sentida a pressão dos EUA, que irão tentar influenciar a posição da Alemanha em relação à crise na Grécia, que pode estar estudando a possibilidade de sair do euro e da União Europeia.
A cúpula presidencial do G7 acontecerá um mês antes da cúpula dos chefes de Estado dos BRICS, nos dias 8 e 9 de julho. A Sputnik irá fazer cobertura exclusiva da cúpula dos BRICS, que terá lugar na cidade russa de Ufa.