Acusado de traficar heroína, Amin foi a nonagésima pessoa executada pela justiça saudita em 2015, contra 87 em todo o ano de 2014, dado que levou a Organização das Nações Unidas a declarar grande preocupação com o uso crescente da pena capital no reino árabe. Segundo a imprensa local, pelo menos metade dos condenados eram estrangeiros.
De acordo com a Anistia Internacional, a atual taxa de execuções na Arábia Saudita é uma das mais altas já registradas pela organização ao longo dos últimos 30 anos.
"Com o ano se aproximando ainda da sua metade, o reino do Golfo vem aumentando essa marca chocante a um ritmo sem precedentes", declarou o vice-diretor da Anistia para o Oriente Médio e Norte da África, Said Boumedouha, à AFP. "Esse aumento alarmante no número de execuções supera até mesmo os terríveis registros anteriores do próprio país".
A organização não governamental de defesa dos direitos humanos destacou que cerca de 50% das penas executadas estão relacionadas a crimes de tráfico de drogas, o que viola as leis internacionais que regulam esse tipo de punição. Além disso, de acordo com a ONU, o aumento dos casos de execução na Arábia Saudita vai em direção contrária à tendência mundial, que é a de redução na aplicação desse tipo de pena.