Em sérias dificuldades após um ano de conflitos internos e decisões equivocadas, a situação da economia ucraniana, que caiu 6,8% em 2014, deve ficar ainda pior em 2015. Com o aumento dos preços da energia e a taxa de câmbio desfavorável, a inflação no país deve chegar a 46%, de acordo com o FMI.
Para o Banco Mundial, no entanto, o atual cenário econômico deverá implicar em uma queda não superior aos 7,5%, enquanto o governo ucraniano segue acreditando que o crescimento será mesmo de —5,5%.
Apesar das expectativas negativas de todos os lados, o Fundo Monetário Internacional, que ofereceu um empréstimo de US$ 17,5 bilhões ao presidente Pyotr Poroshenko, acredita que é possível apontar alguns pontos positivos alcançados pelo país, como o aumento das reservas internacionais, a estabilização das taxas de câmbio e uma recuperação dos depósitos bancários em moeda local.
"As autoridades ucranianas reconhecem que as reformas econômicas são indispensáveis para o restabelecimento da estabilidade financeira e a restauração de um crescimento robusto e durável", declarou a organização através de um comunicado oficial, sem mencionar que essas reformas incluem uma série de cortes orçamentais prejudiciais à população e um extenso programa de privatizações que afetará principalmente o setor energético nacional.