"A falta de um acordo até agora não se deve à suposta postura intransigente, inflexível e incompreensível da Grécia. Isso se deve à insistência de alguns atores institucionais em submeter propostas absurdas e demonstrar total indiferença pela recente e democrática escolha do povo grego", diz o texto.
A Grécia vem tentando negociar com a União Europeia, o FMI e o Banco Central Europeu a liberação de 7,2 bilhões de euros pendentes do segundo resgate financeiro oferecido por essas instituições. Para liberar a quantia, no entanto, os credores exigem uma série de reformas econômicas que, segundo Tsipras, não condizem com a posição de anti-austeridade do seu governo, que, embora de esquerda, já fez uma série de concessões importantes, relativas inclusive a privatizações e ao sistema de pensões do país.
No último sábado, o ministro do Interior da Grécia, Nikos Voutsis, afirmou que o governo estaria disposto a abrir mão de parte do seu programa anti-austeridade para chegar finalmente a um acordo com os seus credores. Mesmo não estando diretamente envolvido nas negociações, que tem prazo até 30 de junho, Voutsis disse à imprensa que, para evitar o risco de moratória, Atenas poderia adiar por seis meses ou até um ano alguns pontos do programa do partido Syriza e encontrar uma solução rápida para o atual impasse.