Segundo ele, a aliança alternativa entre a China e a Rússia influenciará diretamente as posições estratégicas dos EUA e seus aliados.
“Os americanos reagem nesta escolha estratégica errada de maneira específica. Eles convencem-se que isto não é um problema. Mas as recentes manobras navais conjuntas entre a China e a Rússia no Mar Negro e Mediterrâneo é um salto qualitativo na situação, um sinal importante para os EUA e a OTAN”, opina Pushkov.
O deputado frisa o fato de que, com esses treinamentos, a China “tem pretensões a algo muito mais importante – estar presente em outras zonas marítimas”.
“Ela [a China] declara que pretende garantir seus interesses em zonas distantes fora das suas fronteiras. A China dá os primeiros passos como potência global. E isso além da aliança sem precedentes com a Rússia”, declarou.
Entretanto a China tenta reforçar as suas posições na região estratégica para o gigante asiático – no mar do Sul da China. Por exemplo, tornou-se público que a China tem planos de estabelecimento de uma zona de identificação de defesa aérea nas águas disputadas deste mar.
Os treinamentos navais serão organizados pela Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) junto com os oito principais parceiros de diálogo da associação, inclusive a Rússia e a China.