A notícia foi recebida com duras críticas pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que pediu a Juba para rever imediatamente sua decisão.
"O senhor Lanzer tem sido fundamental no atendimento das crescentes necessidades humanitárias das comunidades afetadas pelo conflito no país, garantindo que a assistência de salvamento chegue até os mais vulneráveis", declarou a secretaria-geral da ONU através de um comunicado.
O motivo da expulsão de Lanzer do país africano não foi informado à imprensa, mas as autoridades internacionais lembraram que ele já estava terminando o seu mandato no cargo e que o ganês Eugene Owusu já havia sido apontado para substituí-lo. A expectativa é a de que o britânico assuma outro posto regional da ONU, também na África.
Segundo as Nações Unidas, o Sudão do Sul enfrenta uma das piores crises humanitárias da atualidade, com mais de 2,5 milhões de pessoas passando sérias dificuldades para conseguir acesso a itens básicos de sobrevivência. O jovem país, separado do Sudão em julho de 2011, se encontra mergulhado em conflitos há um ano e meio, com forças leais ao presidente Salva Kiir tentando combater grupos rebeldes aliados ao ex-vice-presidente Riek Machar, acusado de organizar um golpe de Estado em dezembro de 2013.
Mais de 120 mil pessoas estão vivendo em abrigos da ONU espalhados pelo país, de acordo com a organização.