Durante um discurso incendiário no Senado, Rand Paul acusou seus correligionários de "secretamente desejarem um ataque terrorista para poderem colocar nele a culpa". O pronunciamento se deu logo após Paul dificultar que o Congresso votasse uma ampliação das prerrogativas que permitem que a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) recolha sem autorização judicial ou provas criminais as conversas de milhões de americanos.
"As pessoas que pensam que o mundo vai acabar e vamos ser invadidos nesta mesma noite por jihadistas aproveitam-se do medo", disse Paul para seus colegas, os quais acusou de quererem que as pessoas renunciem à "liberdade pelo medo".
"Nós não devemos nos desarmar enquanto os nossos inimigos se tornam mais sofisticados e agressivos", respondeu o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, "e não deveríamos fazer campanha baseados na demagogia e nas mentiras geradas pelas ações ilegais de Edward Snowden", acrescentou.
No entanto, para comentaristas como Peter Weber, Rand Paul teria sacrificado suas possibilidades na corrida presidencial para defender seus princípios libertários, enquanto o senador John McCain, peso pesado de seu partido, o acusou de usar a segurança nacional para fins de receita, ou seja, chamar a atenção e levantar fundos para financiar sua campanha para as primárias.
Paul negou as acusações e sublinhou que "nós podemos parar terroristas utilizando a Constituição,".