Países europeus lamentam exclusão da Rússia da cúpula do G7

© REUTERS / Wolfgang RattayOpositores do G7 acampam nos arredores de Garmisch-Partenkirchen, próximo a Elmau.
Opositores do G7 acampam nos arredores de Garmisch-Partenkirchen, próximo a Elmau. - Sputnik Brasil
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Há poucos dias da Cimeira do G7, na cidade alemã de Elmau, a Alemanha está dividida. Alguns políticos e empresários afirmam que a rejeição de convidar a Rússia é uma “oportunidade perdida” para estabelecer um diálogo construtivo com o país. O mesmo acontece na Suíça, que cobra a presença russa na cúpula.

O jornal suíço Neue Zürcher Zeitung afirmou que muitas questões de política internacional não podem ser tratadas sem Moscou. O tradicional diário da Suíça, com 235 anos de fundação, pregou a união com a Rússia. “Desafios internacionais nos campos do terrorismo, do clima, do ambiente ou do comércio dificilmente podem ser gerenciados de forma eficaz, a longo prazo, se Moscou continua a ser marginalizada.”

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Embora a chanceler alemã, Angela Merkel, considere impossível a volta ao formato do G8 até que a Rússia “não reconheça os fundamentos do direito internacional”, muitas pessoas na Alemanha estão céticos sobre essa política de isolamento. O especialista em política alemão, Eberhard Schneider, afirmou que o diálogo com a Rússia é essencial para resolver a crise ucraniana. Moscou garante que não violou qualquer legislação ao reintegrar a Crimeia após referendo popular na península.

“Sete países industrializados decidiram excluir temporariamente a Rússia deste clube após a anexação da Crimeia. Esta é uma posição. Por outro lado, é necessário falar com a Rússia, se quisermos obter a situação na Ucrânia resolvida”, disse o professor Eberhard Schneider, membro do Fórum Russo-Alemão.

O ex-chanceler alemão Helmut Schmidt também afirmou que o grupo G7 não faz sentido sem a participação da Rússia. “Minhas expectativas são limitadas”, disse em entrevista à Deutsche Presse-Agentur, referindo-se aos possíveis resultados da cimeira. Ele expressou a esperança de que os estados e governos ocidentais “não joguem combustível ao fogo” no contexto da crise ucraniana.

Poucos dias antes, representantes da economia alemã também criticaram a exclusão da Rússia do formato do G8, segundo publicou o jornal alemão Die Welt. O chefe do Comitê Oriental de Economia da Alemanha, Eckhard Cordes, argumentou que a falta de vontade de usar o G7 como uma plataforma para o diálogo com a Rússia é uma “oportunidade perdida” para estabelecer uma relação construtiva.

De acordo com o ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Dzhentiloni, diferentes posições da Rússia e dos países europeus no que diz respeito à crise ucraniana não devem levar ao “congelamento” das relações mútuas.

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