A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou anteriormente em junho que iria cancelar alguns voos à Rússia, inclusive os de Frankfurt a Samara, Nizhny Novgorod e Moscou.
“Nós revisamos nossos trajetos em relação à Rússia por causa da demanda mais fraca que, com certeza, é consequência das sanções e menos relações econômicas com a Rússia”, disse Spohr na cúpula da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês) em Miami neste domingo.
“No nosso caso as consequências de menos demanda resultaram em menos ligações para a Rússia”, acrescentou.
O diretor executivo da Lufthansa manifestou que a restauração de voos no futuro irá depender da conjuntura política.
Desde março de 2014, o Ocidente já impôs várias rodadas de sanções contra Moscou, visando não só indivíduos de alto escalão, mas também os setores bancários, de energia e de defesa da Rússia. Em resposta, a Rússia limitou a importação de produtos alimentícios dos países que adotaram as sanções contra Moscou: EUA, países da UE, Canadá e Noruega.
O Kremlin tem repetidamente negado qualquer envolvimento na crise interna da Ucrânia e qualifica as sanções como contraproducentes.
Spohr também disse que a companhia neste momento não planeja iniciar voos à Crimeia.
A reunificação da Crimeia e da Rússia ocorreu em março de 2014 após um referendo no qual 96 por cento de participantes votaram em favor desta decisão.
O Ocidente recusou de reconhecer os resultados do referendo e impôs um embargo econômico contra Crimeia em 2014 e várias sanções contra a Rússia.
Enquanto os líderes do G7 neste momento discutem a possibilidade de endurecer as sanções contra a Rússia, representantes da comunidade empresarial europeia enviam sinais de insatisfação com as sanções já existentes. Além disso, os empresários europeus manifestaram-se contra ausência da Rússia na cúpula do G7.