Polícia belga desarticula rede de terroristas chechenos com ajuda do WhatsApp

© AFP 2023 / JOHN THYSAgentes belgas em operação antiterrorista em Verviers, na Bélgica, em 15 de janeiro
Agentes belgas em operação antiterrorista em Verviers, na Bélgica, em 15 de janeiro - Sputnik Brasil
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Dezesseis imigrantes chechenos foram presos na Bélgica durante uma operação antiterrorista realizada em todo o país, segundo informou a procuradoria-geral belga nesta segunda-feira (8).

"Um total de 16 suspeitos de terrorismo foram presos no decorrer da operação antiterrorista; todos eles são imigrantes chechenos", afirma a declaração publicada pelo gabinete do procurador belga. 

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A nota também observa que "a operação foi realizada simultaneamente no âmbito de duas investigações paralelas entre radicais nativos da Chechênia".

Segundo o jornal Le Soir, a polícia federal da Bélgica conduziu buscas em 21 apartamentos, sendo dez deles localizados no porto de Oostende, a maior cidade da costa belga banhada pelo Mar do Norte. Lovaina, Bredene, Amberes, Jabekke e Namur também foram cobertas pelas forças de segurança.

Na cidade universitária de Lovaina, os agentes teriam encontrado detalhes sobre supostos planos para um ataque terrorista no país, de acordo com a mesma fonte. Segundo os investigadores, os imigrantes detidos teriam recebido treinamento de jihadistas na Síria ou no Afeganistão. 

De acordo com o canal de televisão belga RTBF, um deles teria voltado ferido para Oostende depois de ter lutado na Síria com os grupos terroristas Frente al-Nusra, ramo sírio da Al Qaeda, e Emirado do Cáucaso, ambos com células de recrutamento na região de Flandres, norte da Bélgica.

Ainda segundo o diário, o objetivo do combatente ferido era recrutar novos membros para enviar a Aleppo, a maior cidade da Síria, cujo controle está sendo atualmente disputado por diversos grupos rebeldes, inclusive o Estado Islâmico.

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De acordo com as autoridades belgas, foi a pista do suspeito ferido que levou à descoberta da rede de jihadistas chechenos, em investigação aberta em 18 de fevereiro deste ano.

No entanto, os 16 detidos, descritos pela promotoria como "extremistas salafistas", já integravam a lista de suspeitos da polícia belga desde 23 de janeiro, quando começaram a ser investigados por supostamente fazer parte de um grupo de chechenos de Lovaina que preparava um ataque terrorista no país.

Quatro suspeitos eram integrantes da comunidade chechena e moravam na cidade universitária. Um quinto suspeito residia em Namur, no sul do país, e outro era um cidadão belga de Lovaina, que teria entrado para a jihad na Síria ou no Iraque.

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As autoridades belgas informaram ainda que trabalharam em estreita colaboração com os EUA para controlar a comunicação dos suspeitos através do serviço de mensagens instantâneas WhatsApp.

De acordo com estimativas recentes da Europol, entre três mil e cinco mil europeus teriam se unido ao movimento jihadista. Destes, cerca de 400 viveriam na Bélgica.

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