Segundo o porta-voz do legislativo, Fradj Abou Hachem, qualquer membro da delegação oficial líbia que desejar participar das negociações internacionais em Berlim, na próxima quarta-feira, 10, estará agindo por conta própria, e não em nome do parlamento.
Negociadores da Líbia estão reunidos desde ontem na cidade marroquina de Skhirat com o objetivo de chegar a um acordo para estabelecer um governo de união nacional antes do Ramadã, que começa no próximo dia 17. O país se encontra mergulhado no caos desde a queda de Muammar al-Gaddafi, em 2011, e, hoje, se vê dividido entre dois governos e dois parlamentos rivais, tendo que lidar ainda com a ascensão do Estado Islâmico.
De acordo com o diplomata espanhol Bernardino León, enviado especial da ONU, os recentes ataques terroristas na Líbia deveriam funcionar como uma motivação para os representantes dos dois governos chegarem a um entendimento que possa silenciar as armas, uma vez que não há solução militar para o conflito.
Amanhã, os negociadores das duas partes devem se encontrar com autoridades internacionais na Alemanha para falar sobre a proposta das Nações Unidas.